CERÂMICA EM CUNHA
projeto para livro sobre 40 anos de forno noborigama
No outono de 1975, um grupo de sete jovens artistas (três brasileiros, dois portugueses e dois japoneses) chegou à pequena cidade de Cunha, no Vale do Paraíba, com um sonho comum: criar um coletivo de ceramistas no Brasil, que trabalhasse com forno a lenha em meio à natureza.
Em dezembro de 1975, o grupo inaugurou o primeiro forno à lenha tradicional japonês da cidade, um noborigama. 40 anos depois e após a dissolução do grupo inicial, existem hoje sete fornos noborigama e cerca de vinte ateliês de cerâmica em funcionamento na cidade, transformando Cunha no maior pólo de noborigama da América do Sul.
Nos últimos anos, Cunha afirmou-se como um local de agregação de ceramistas de várias origens, atraindo profissionais e interessados de todo o país e além fronteiras. Para além da introdução da abertura de fornada e do estabelecimento de novos ateliês, assistiu-se à fundação do Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha, que possibilitou aos jovens da cidade o acesso à cerâmica; à criação do Memorial da Cerâmica de Cunha, um museu virtual com o catálogo online de cerca de 200 peças dos ceramistas pioneiros da cidade; à retomada do Festival de Cerâmica de Cunha; e à realização de várias exposições, intercâmbios e atividades educativas.
Assim, este livro tem como objetivo contar a história dos 40 anos da cerâmica de alta temperatura em Cunha e apresentar o trabalho dos ceramistas hoje em atividade na cidade, abordando os aspectos técnicos e artísticos envolvidos, de modo a dar a conhecer ao público leigo os processos de produção da cerâmica na região.
O livro será dividido em quatro capítulos, além de um glossário de termos técnicos no final.
Capítulo 1. História da cerâmica de Cunha: o grupo pioneiro do ateliê do Antigo Matadouro, o diálogo entre a tradição japonesa e a tradição local das “paneleiras”, a abertura de fornada e o estabelecimento dos ateliês individuais.
Capítulo 2. O que aconteceu nos últimos dez anos: estabelecimento de novos ateliês, criação do Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha e do Memorial da Cerâmica de Cunha e retomada do Festival de Cerâmica de Cunha, além de outras atividades culturais e educacionais.
Capítulo 3. A Cerâmica de Cunha: aspectos técnicos e artísticos, ou seja, todo o processo envolvido na produção da cerâmica de Cunha, desde a recolha de argila até à queima final, passando pela modelagem, esmaltagem e diferentes tipos de fornos.
Capítulo 4. Os ateliês e ceramistas em atividade hoje na cidade: apresentação de todos os ateliês e ceramistas de Cunha, dando a conhecer sua vida e arte através de texto e fotos de suas peças, fornos e ateliês, com indicação da localização e endereço para visita.
A publicação é destinada a qualquer pessoa interessada em cerâmica, arte e artesanato! Estudantes, artistas, artesãos, designers, arquitetos, historiadores, publicitários e todos os outros visitantes que anualmente procuram a cidade de Cunha em busca de conhecer o trabalho dos artistas que aqui desenvolvem esta arte.


